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Gizelia Carminate usou uma enxada para tentar localizar sua filha, de 17 anos, no meio de escombros do deslizamento no Morro da Oficina.
Petrópolis – Gizelia de Oliveira Carminate, de 36 anos, amanheceu nesta quarta-feira (16/2) diante do monte de lama e destroços no Morro da Oficina. Por horas, ela fez de tudo para tentar localizar sua filha Maria Eduarda, de 17 anos. Até receber a confirmação de que jovem não sobreviveu.
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Com uma enxada nas mãos, ela chegou ao local antes mesmo dos bombeiros e, num gesto de desespero, usou a ferramenta para cavar e remexer a terra em busca de um sinal de sua filha.
“Minha filha está soterrada”, repetia Gizelia.
Ela percorreu diversos pontos possíveis, na base e no alto do terreno, sempre gritando pelo apelido da filha: “Duda! Duda!”
A jovem foi uma das vítimas do deslizamento que destruiu dezenas de casas no Morro da Oficina no fim da tarde de terça-feira (15/2).
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A mãe acompanhou de perto o trabalho dos bombeiros ao longo de todo o dia e, nesta tarde, recebeu a confirmação da morte de sua filha, assim como da bebê.
“Ela veio para ver a afilhada e acabou morrendo desse jeito”, disse Gizelia ao jornal O Globo. “Vim correndo de Juiz de Fora para salvar a minha filha. Fiz de tudo, tudo mesmo. As casas estão todas destruídas. Isso aqui acabou. Elas morreram porque não conseguiram respirar.”
Fonte: Giulia Ventura/Metrópoles