Foto: Polícia Civil do Piauí
O coordenador da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR), delegado Ferdinando Araújo, informou agora há pouco que a investigação descobriu que esposa e marido participavam da mesma licitação fraudulenta. Hoje, a Polícia Civil/CGU/TCE cumpre 11 mandados de busca e apreensão em sete empresas suspeitas de corrupção.
Segundo o delegado, as irregularidades estão na compra de material contra a covid-19, material de limpeza e de escritórios.
“Tem um núcleo familiar de quatro pessoas que são irmãos e cunhados que criaram empresas recentemente e há indícios de licitação simulada”, afirmou o delegado.
Três agentes públicos investigados, o pregoeiro de Batalha, ex-secretário de saúde e administração também da cidade são alvos da operação.

Atualizada às 7h20
Uma operação policial deflagrada na manhã desta terça-feira (25) investiga corrupção na compra de material na área da saúde (medicamentos, papelaria e material de limpeza).
As equipes policiais dão cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão contra sete empresas, residências de empresários e de três agentes públicos. Os mandados acontecem nas cidades de Teresina, José de Freitas e Barras.
Os envolvidos são suspeitos de fraude à licitação, associação criminosa, e desvio de recursos públicos envolvendo contratações do município de Batalha.
A operação denominada Entrelaçados é da Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR) em trabalho conjunto com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) e Controladoria-Geral da União (CGU).
De acordo com a Polícia Civil, a justiça já determinou o afastamento cautelar do Pregoeiro de Batalha.

“Os investigadores e auditores encontraram indícios de que ele ocupava o cargo de forma irregular, podendo estar diretamente envolvido nas supostas fraudes investigadas”.
Além disso, “os levantamentos preliminares feitos pela DECCOR e pelos órgãos de controle mostraram que as empresas alvos da operação possuem estreita ligação entre si, algumas dividindo inclusive o mesmo endereço, e sendo administradas por familiares próximos”. O nome da operação faz referência ao estreito laço familiar mantido entre os supostos empresários e suas empresas.
O Cidadeverde.com entrou em contato com a Prefeitura de Batalha e aguarda posicionamento oficial. O Cidadeverde.com apurou que o setor jurídico está buscando mais informações sobre a operação.
Segundo a investigação policial, “dados apontam que elas venceram licitações de 2017 a 2020, recebendo entre R$ 3 e 4 milhões por ano só do município de Batalha”.
A investigação também apontou que, “aparentemente, as empresas não possuem capacidade operacional para o fornecimento dos materiais licitados (material de limpeza, papelaria e medicamentos). Uma delas não possui sequer funcionário contratado”.

A Polícia Civil ressalta que “a investigação encontrou indícios de favorecimentos escusos, visto que algumas pessoas jurídicas foram recém-criadas e, mesmo assim, conseguiram vencer certames para fornecimento de grande quantidade de produtos. Também há suspeita de combinação de preços entre os licitantes para escolha dos vencedores”.
Fonte: Carlienne Carpaso e Yala Sena edacao@cidadeverde.com