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O único senador a divergir da convocação da mãe de Jair Renan Bolsonaro foi o governista Marcos Rogério (DEM-RO)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 aprovou, nesta quarta-feira (15/9), extrapauta, a convocação de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para depor à comissão. A data da oitiva ainda não foi definida.
O único a divergir da convocação foi o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO).
Durante o depoimento desta quarta-feira, o lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Ribeiro Faria, confirmou a relação estreita com Ana Cristina e com Jair Renan, filho 04 do mandatário da República. O lobista disse que comemorou aniversário no camarote de Jair Renan, no estádio Mané Garrincha, e que jantou com ele e com Ana Cristina.
O requerimento, apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), destaca que as mensagens obtidas pela CPI do celular de Faria indicam que o lobista contatou Ana Cristina para exercer influência no processo de escolha do defensor público-geral federal junto ao então ministro da Secretaria-Geral da Presidência e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jorge Oliveira.
O requerimento, apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), destaca que as mensagens obtidas pela CPI do celular de Faria indicam que o lobista contatou Ana Cristina para exercer influência no processo de escolha do defensor público-geral federal junto ao então ministro da Secretaria-Geral da Presidência e atual ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Jorge Oliveira.
“[Ana Cristina] é uma senhora que hoje reside numa mansão acima de suas posses. O rapaz amigo do Marconny, o Jair Renan, não tem renda para morar nessa residência. Existem vários demonstrativos de contatos com empresários e lobistas, o que demonstra indícios veementes de que este grupo participa desta tramoia, que, ao final de tudo, resulta em drenagem de recursos públicos”, disse Vieira.
Faria entrou na mira da CPI por causa das relações com investigados e com o núcleo familiar do presidente.
Já a Precisa foi intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde nas negociações da vacina Covaxin. Após as denúncias se tornarem públicas, o Ministério da Saúde decidiu encerrar o contrato orçado R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses do imunizante indiano.
Fonte: Marcelo Montanini Victor Fuzeira/Metrópoles