Carnaval e pontos facultativos são suspensos no Piauí para evitar colapso na saúde, diz governador

Piauí não terá festas carnavalescas para evitar colapso na saúde — Foto: Andrê Nascimento/G1

Além disso, o Wellington Dias (PT) anunciou a abertura de 40 leitos em Teresina, devido ao aumento da média móvel de casos entre 30% a 40% por dia.

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), decidiu suspender as festas carnavalescas deste ano em todo o estado. Além disso, não será ponto facultativo nem a segunda-feira de Carnaval e nem a quarta-feira de cinzas. A Prefeitura de Teresina também adotou as mesmas medidas e, desse modo, o Corso, tradicional festa carnavalesca feita dias antes do Carnaval, não será realizado.

O gestor afirmou que os eventos poderiam gerar um aumento na transmissibilidade do vírus e, consequentemente, causar um colapso no sistema de saúde em algumas regiões do estado.

“Este ano, estamos adotando a medida da não realização de eventos carnavalescos porque temos uma situação em que há alta transmissibilidade, alto risco e ampliação do adoecimento. Isso poderia levar ao colapso a algumas regiões de saúde, portanto, é melhor evitar. Já começamos a vacina, temos condições de até o mês de junho avançar na imunização no Piauí e no Brasil. A gente já suportou até aqui, então estou suspendendo o ponto facultativo da segunda e na quarta-feira de carnaval e vamos garantir que as pessoas possam cumprir o protocolo. Todas as equipes de vigilância em saúde e segurança, Estado, Município e Federal, todos estaremos integrados para salvar vidas”, disse.

Ativação de leitos

Após uma reunião do governador com representantes do Comitê de Operações Emergenciais (COE), nesta terça-feira (19), foi decidida também a abertura de 40 novos leitos, que serão implantados em Teresina, devido ao aumento da média móvel de casos entre 30% a 40% por dia.

“O que temos são consequências da exposição da população no Réveillon. Hoje, já estamos há uma semana com aumento de média móvel de casos de 30% a 40% por dia e estamos vivendo uma situação com a taxa de ocupação de leitos de UTI de 66% em todo o estado. Se considerarmos apenas a capital, temos 73% de taxa de ocupação, ou seja, níveis de alerta. Então, nossa maior preocupação é reorganizar a Rede de Saúde para ampliar essa quantidade de leitos, mas temos uma séria dificuldade com relação a espaço físico e equipes de saúde, que estão exaustos, por isso precisamos do auxílio da população”, explicou o coordenador do COE, o médico José Noronha.

Início da vacinação

A vacinação no Piauí iniciou na tarde dessa segunda-feira (18), após a chegada dos imunizantes. O primeiro a ser vacinado em solo piauiense foi o médico obstetra Joaquim Vaz Parente, de 75 anos, profissional que atua há 45 anos na da Maternidade Dona Evangelina Rosa e que já realizou em torno de 20 mil partos durante sua carreira.

Em Teresina, a vacinação começou nesta terça (19). A primeira foi a médica cardiologista e intensivista Janaína Moura, de 40 anos. Outros quatro profissionais de saúde receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Os imunizantes também estão chegando no interior do estado. A primeira remessa vai imunizar, segundo o Ministério da Saúde, 30.580 piauienses. O grupo prioritário é formado pelos seguintes segmentos:

  • Profissionais de saúde (com prioridade para os que estão na linha de frente de combate à Covid)
  • Pessoas em abrigos com mais de 60 anos
  • Pessoas com deficiência em abrigos com mais de 18 anos
  • Indígenas vivendo em terras demarcadas

A Sesapi destacou que não há vacina para todos os que estão nesses grupos prioritários. Segundo a Secretaria, serão vacinados 34% dos profissionais de saúde nesta etapa, dando prioridade aos que estão atuando na linha de frente do combate à Covid.

O governador informou que, quando a pessoa for vacinada, ela deverá receber a segunda dose após 21 dias. “Cada vez que uma pessoa tomar uma vacina, vai ficar a segunda dose reservada para daqui a 21 dias. É claro que queremos o máximo de vacinação, mas garantindo a segurança da primeira dose sem perder um prazo da segunda dose. Ao mesmo tempo, estou tratando pelo Fórum Nacional dos Governadores para, junto ao Ministério da Saúde, agilizar mais a liberação de vacina”, comentou.

Fonte: Por G1 PI

 

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