Filipe Luís e Danilo aplaudem a torcida após a vitória do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza & Paula Reis / CRF
Filipe Luís relembra frase de Jorge Jesus em noite que o domínio absoluto no primeiro tempo lembrou os tempos do português no comando
Por Letícia Marques — Rio de Janeiro
16/02/2025 05h00 Atualizado há 13 minutos
“Uma vitória com nota artística.”
Foi assim que Filipe Luís definiu o triunfo do Flamengo por 2 a 0 em cima do Vasco, na noite de domingo no Maracanã. A frase é clássica e referenciada a Jorge Jesus, que comandou o atual treinador em 2019 – o segundo ano mais vitorioso da história do clube. E a atuação no clássico em alguns momentos até lembrou o tempo que marcou época com o português.

Filipe Luís e Danilo aplaudem a torcida após a vitória do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza & Paula Reis / CRF
Mas é claro que, por maior fã que seja de Jorge Jesus, Filipe Luís está no Flamengo para escrever a sua própria história. E faz isso com maestria até o momento. São apenas quatro meses de um trabalho promissor, mas que já colhe frutos e a cada jogo o time se apresenta mais “à lá Filipe Luís”.
O Flamengo construiu a vitória em cima do Vasco de forma tranquila e com amplo domínio – principalmente no primeiro tempo. Filipe Luís levou a campo – mais uma vez – um time misto e provou que esta alternativa não compromete o desempenho. A escalação inicial foi: Rossi, Wesley, Danilo, Léo Pereira e Varela; Pulgar, Evertton Araújo e Arrascaeta; Plata, Michael e Bruno Henrique.
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Filipe Luis descreve vitória do Flamengo sobre o Vasco: “Com nota artística”
A qualidade das peças corroborou com a atuação no primeiro tempo. O Flamengo controlou a posse de bola, teve muito volume de jogo e terminou a primeira etapa com oito finalizações. E não sofreu defensivamente. Pelo contrário, a zaga não trabalhou e esteve muito segura até para ajudar na criação junto a Pulgar que eventualmente formava a linha de três.
Apesar do volume e da posse, o Flamengo pecou um pouco com erros técnicos no último terço do campo. E só foi marcar aos 30 minutos com Bruno Henrique de pênalti. Aos 26, Arrascaeta se movimentou pelo meio e tocou para BH. O camisa 27 tabelou com Plata, que invadiu a área até ser derrubado por Zuccarello. E outra boa chance aconteceu 8 minutos depois.

Cebolinha comemora gol em Flamengo x Vasco — Foto: Gilvan de Souza/CRF
O lance foi um retrato de boa parte do jogo. Varela jogando improvisado na esquerda, deixou Michael livre em vários momentos para avançar. Aos 38, o uruguaio escapou da marcação e tabelou com Michael. O atacante cruzou na área, o goleiro Léo Jardim tocou na bola, mas acabou sobrando para Plata empurrar para o fundo da rede. O VAR anulou por impedimento.
Foi nesse ritmo intenso e dominante que o Flamengo foi para o intervalo. Em coletiva, Filipe Luís revelou que a conversa no vestiário aconteceu por “detalhes mínimos” para acertar o time. Os minutos iniciais foram de mínima superioridade do Vasco, que passou a avançar um pouco enquanto o Rubro-Negro abaixou a marcação.
Não demorou para que Filipe Luís colocasse Allan, Luiz Araújo e Ortiz nos lugares de Evertton Araújo, Arrascaeta e Varela. Isso fez com que o Flamengo voltasse a ter controle da posse de bola e valorizasse a saída de bola para construir as jogadas – principalmente pela entrada de Ortiz e de Allan, que passou a jogar lado a lado com Pulgar.
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A verdade é que, comparando com o amplo domínio nos 45 minutos iniciais, o segundo tempo foi mais equilibrado. O Flamengo dosou, segurou e controlou a partida pensando também na parte física e com o objetivo de dar ritmo a outros atletas. Cebolinha saiu do banco aos 23 minutos após Michael deixar o gramado depois de uma lesão na coxa.
As peças de ataque fizeram o Flamengo retomar o volume ofensivo, mas foi só no apagar das luzes que balançou a rede novamente. Wesley foi um dos melhores da partida e foi coroado com uma “assistência” a Cebolinha.
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Confira o mapa de calor do clássico entre Flamengo e Vasco
O lateral arrancou da intermediária e arriscou um passe para Plata, mas a zaga do Vasco rebateu e sobrou de novo para ele, que achou o camisa 11. Cebolinha abriu, chutou de fora da área e acertou um golaço no ângulo de Léo Jardim. O gol carimbou o resultado que deu a classificação às semifinais do Carioca.
Gritos de “Olé” foram ouvidos nas arquibancadas do Maracanã e trouxeram à tona uma atuação que mostrou que o Flamengo de Filipe Luís segue à risca o roteiro rumo ao protagonismo na temporada.
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Fonte: ge