Presidente do Banco do Brasil, André Brandão entrega o cargo

Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Substituto de Brandão ainda não foi definido, mas tendência é de que sucessor seja escolhido entre integrantes da carreira financeira

O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, informou nesta quinta-feira (18/3) sua renúncia ao cargo. O comunicado foi enviado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

Desde janeiro, a saída de Brandão é esperada. A instituição emitiu um fato relevante informando que a renúncia foi aceita pelo presidente da República. Brandão permanecerá no cargo até o dia 1º de abril.

“O Banco do Brasil (BB) comunica que o Sr. André Guilherme Brandão entregou, nesta data, ao Exmo. Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, ao Exmo. Ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, e ao Ilmo. Presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, Hélio Lima Magalhães, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de 01 de abril de 2021”, diz texto divulgado pelo BB.

O nome do substituto de Brandão ainda não está definido, mas a tendência é de que o próximo presidente seja escolhido entre integrantes de carreira da instituição financeira.

Paulo Guedes ainda tentou reverter a saída de André Brandão do cargo. Após reação negativa do anúncio de fechamento de 361 agências do banco, o presidente Jair Bolsonaro teria decidido demitir o executivo.

Brandão saiu do HSBC, onde estava desde 2003, para substituir Rubem Novaes, que deixou a presidência da instituição em setembro. Quando pediu demissão, em julho, o BB afirmou que a causa era o entendimento de que o banco “precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.

Presidente do Banco do Brasil, André Brandão- Edilson Rodrigues/ Agência Senado
Fechamento de agências

Um dos fatores que pode ter contribuído para saída de Brandão foi o anúncio de reformulação feito pela instituição financeira em janeiro. Em comunicado, o BB afirmou ter aberto programa de demissão voluntária (PDV) e que encerraria a atividade em 361 unidades, entre postos de atendimento, escritórios e agências.

O PDV do Banco do Brasil previu demissão de 5 mil colaboradores. Do total de unidades que ficarão inoperantes, 112 são agências e 242 são postos de atendimento. A expectativa é de que futuramente as agências passem a funcionar como postos de atendimento.

Embora não tenha agradado ao Palácio do Planalto, a reestruturação do banco foi bem recebida por investidores e pela própria equipe econômica do governo, já que indicava reposicionamento da instituição com enfoque no digital.

O presidente da Caixa Seguridade, Eduardo Dacache, chegou a ser indicado pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães. O nome foi levado a Bolsonaro, mas enfrenta resistências internas no Banco do Brasil.

Fonte: Raphael Veleda Maria Eugênia/Metrópoles

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