Piauí está entre piores estados na transparência de gastos da Covid-19, diz ONG

Estado ficou em 24º, em comparação aos outros 26 estados, no ranking da análise de disponibilização de informações sobre gastos, feita de acordo com pontuação de 0 até 100.

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O Piauí está entre os quatro últimos estados do país com os piores índices de divulgação de informações sobre investimento de recursos durante a pandemia da Covid-19, segundo a ONG Transparência Internacional Brasil. A iniciativa faz uma análise da disponibilização de informações essenciais sobre gastos nas páginas oficiais dos governos e classifica em um ranking com uma pontuação que vai de 0 até 100.

De acordo com Vinícius Reis, pesquisador da Transparência Nacional Brasil, garantir a transparência das contratações e outras medidas emergenciais é um caminho para assegurar que recursos destinados ao combate da Covid-19 sejam corretamente utilizados e possam ser devidamente fiscalizados.

“É uma iniciativa para avaliar esses entes federativos em relação a qualidade das páginas oficiais e os portais de transparência e observar se eles disponibilizam as informações que são essenciais e desejáveis sobre os contratos de licitações, explicou Vinícius Reis.

Em uma escala que vai de 0 a 100, o Piauí ficou ranqueado em 24° apenas com 69,6 pontos, seguido da Paraíba e de Sergipe, ambos com 65,8 pontos e Roraima, que ficou na última colocação, alcançando somente 40,5 pontos.

O Piauí atualmente ocupa 24° a posição em ranking de transparência de gastos de recursos durante pandemia — Foto: Reprodução TV Clube

A ONG destacou que os estados com melhor disponibilização de informações em sites oficiais e nos portais de transparência foram o Ceará, Espírito Santo e Rondônia, que dividiram a primeira posição do ranking com 100 pontos.

‘Critérios para julgamento’

Controladoria Geral do Piauí — Foto: Divulgação/CCOM

Segundo a Alexandre Chaves, auditor governamental Controladoria-Geral do Estado do Piauí (CGE-PI), a ONG responsável pela pesquisa vai além do que a legislação determina para os estados.

“Essa própria ONG já modificou o critério para julgamento para a próxima divulgação, que será em agosto. Dentro de um período de quatro meses, nós já tivemos duas mudanças de critérios para classificação e isso não ocorre no mesmo ritmo que a da legislação”, explicou.

O auditor afirmou a CGE e estado do Piauí s baseiam pelo que a legislação demanda. “A gente tem uma certa dificuldade para acompanhar na mesma velocidade que essas organizações internacionais”, pontuou.

Hospital de Campanha

Hospital de Campanha do Verdão — Foto: Divulgação /Ascom

No caso do Hospital de Campanha Estadual, em Teresina, foram destinados R$5 milhões. A unidade entrou em funcionamento no dia 29 de maio com o objetivo de ajudar a desafogar hospitais que estivessem lotados com pacientes com sintomas graves da Covid-19.

Até o momento, já passaram pelo local 360 pacientes, sendo que 98% já receberam alta médica. Segundo o diretor do Hospital de Campanha Estadual, Jefferson Campelo, os números são publicados frequentemente no Portal da Transparência do Governo.

“Uma das primeiras medidas que nós tomamos aqui foi de criar um portal da transparência, para que a população e as autoridades pudessem acompanhar diariamente todo o funcionamento e planejamento do hospital, assim como os seus gastos”, afirmou o diretor.

O Governo do Estado, aprovou, nessa quarta-feira (5), a desmobilização de 50% dos leitos do hospital de campanha, que foram criados emergencialmente para aumentar a oferta de vagas durante a pandemia. Além disso, 10 leitos de UTI e mais 10 leitos clínicos, mantidos pelo governo em um hospital particular de Teresina, serão desativados.

Tribunal de Contas do Piauí — Foto: Yara Pinho/G1

Segundo o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE), o Piauí recebeu R$600 milhões para o combate à pandemia e 70% desse valor, aproximadamente R$420 milhões, foram gastos na compra de Equipamento de proteção individual (EPIs), medicamentos e testes rápidos, além da contratação de profissionais da saúde.

Conforme Luiz Batista, auditor de controle externo do TCE, muitos portais da transparência ainda tem muita a evoluir, pois se encontram desatualizados e sem informações referentes ao ano de 2020.

“Uma avaliação não só do governo do estado e da prefeitura da capital, mas sim de todos os 225 Portais de Transparência dos poderes executivo estadual e municipais do Piauí”, informou.

Decretos determinam distanciamento social

Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas. Aulas em escolas e universidades, a maioria das atividades comerciais, esportivas e de serviços em geral estão suspensas por tempo indeterminado.

Serviços essenciais como farmácias, postos de combustíveis e supermercados continuam mantidos mas estão regulamentados. O atendimento em clínicas, hospitais e laboratórios, assim como o funcionamento de escritórios de advocacia e contábeis também foram liberados mediante cumprimento de regras.

uso de máscaras em locais públicos tornou-se obrigatório em todo o estado. Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.

Prevenção, contágio e sintomas.

Lavar as mãos de forma correta,uso de álcool em gel, sempre usar máscaras, evitar contato pessoal e aglomerações de pessoas são algumas das orientações para evitar o contágio da doença.

É importante também ficar atento quanto aos principais sintomas (tosse seca, congestão nasal, dores no corpo, diarréia, inflamação na garganta e, nos casos mais graves, febre acima de 37° C e dificuldade para respirar). 

Fonte: Por G1 PI

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