Pazuello diz que segue ministro e que Bolsonaro não pediu cargo

Igo Estrela/Metrópoles

Por meio da assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, general afirmou que não está doente e tem compromisso em salvar vidas

Ministério da Saúde informou, no início da noite deste domingo (14/3), que o atual ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, segue no comando da pasta e que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pediu para que o general do Exército entregue o cargo.

“Não estou doente, o presidente não pediu o meu cargo, mas o entregarei assim que o presidente pedir. Sigo como ministro da Saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas”, afirmou Pazuello, por meio de sua assessoria de imprensa.

Segundo nota do Ministério da Saúde, “esclarecemos, ainda, que Pazuello se encontra em perfeito estado de saúde e não há nenhum pedido de demissão do ministro ao presidente da República”.

Polêmica

A negativa de Pazuello ocorre momentos após integrantes do governo confirmarem que o titular da Saúde não permanecerá no cargo.

Ministro próximo a Bolsonaro confirmou ao Metrópoles o movimento de troca, mas disse que o processo pode levar alguns dias. O representante do primeiro escalão afirmou que Pazuello enfrenta problemas de saúde relacionados à pressão e ao coração e teria chegado a seu limite no governo.

De acordo com informações de integrantes do governo, a pressão para a saída do ministro foi muito forte e se intensificou depois de reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na tarde de sábado (13/3), no Palácio da Alvorada.

Após o encontro com Lira, Bolsonaro se dirigiu para o hotel de trânsito dos oficiais, no Setor Militar, onde teria comunicado sua decisão ao ministro, na noite de sábado.

Substituta

Bolsonaro inclusive já se reuniu com a professora da Universidade de São Paulo (USP) e médica cardiologista Ludhmila Hajjar, no Palácio da Alvorada. Ela é cotada para a vaga de Pazuello.

O encontro ocorreu por volta das 15h20. A Secretaria Especial de Comunicação Social confirmou a agenda de Bolsonaro com a especialista.

Ludhmila Hajjar estudou na Universidade de Brasília (UnB) e é cardiologista intensivista da Rede D’Or, além de professora associada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Ela foi a responsável pelo tratamento de Covid-19 do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), e do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre outros políticos.

Fonte: Mayara Oliveira/Metrópoles

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