Padre Geraldo Gereon- Foto: João Batista/JB
O Padre Geraldo Gereon, presidente da Associação Beneficente, Fraternidade São Francisco de Assis (FFA), idealizador e organizador da romaria de Santa Isabel da Húngria, a Santa das obras da caridade, se manifestou através de carta circular sobre a festa da santa que acontece na data de 17 de novembro.
Devido a pandemia da Covid 19 por dois anos consecutivos a missa da festa da santa não é celebrada no santuário ao ar livre.
Veja na íntegra a carta circular do Padre Geraldo Gereon.
Caras irmãs — caros irmãos:
Dia 17 de novembro seria o dia de mais uma romaria de Santa Isabel. Uma imensa saudade deste evento passa no meu coração — não só porque sempre fosse uma manifestação autêntica da nossa Igreja, mas porque a fé desta multidão de 15.000 fiéis se transmite para o coração de todos nós que comemoramos o caminho desta mulher: Santa Isabel que desceu para servir a pobres e doentes. 0s nossos santos nos inspiram e animam para que a nossa fé se ilumine sempre de novo. A placa amarela na entrada para o lugar da celebração resume esta mensagem com as mais curtas palavras:
“Aqui queremos ensaiar a nossa
OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES
Para ser uma Igreja santa, pobre, samaritana,
Voltada para o Evangelho de JESUS Santa Isabel — rogai por nós.”
Que esta mensagem seja a que nos toca, mesmo sem formar a multidão dos 20 anos passados. Nós todos gostaríamos de formar esta grande assembléia tra2endo no nosso coração o que aquela placa avisa: “Aqui queremos ensaiar a nossa “Opção preferencial pelos pobres”.
As circunstâncias atuais não permitem esta aglomeração numerosa. Mas a situação atual de toda a humanidade não impede a ninguém a manifestar a Jesus a proposta da placa amarela: “Aqui queremos ensaiar a nossa opção preferencial pelos pobres.” Pelo contrário: O apelo de tratar os novos pobres numa opção preferencial torna-se uma exigência inevitável.
Olhando a nossa própria vida, a vida da nossa paróquia, da nossa diocese e do nosso país — nós entendemos claramente o que Jesus espera de nós, nas palavras deste texto programático: ”…ser uma Igreja santa, pobre, samaritana, voltada para o evangelho de Jesus”.
A Pandemia generalizada deixa as suas vítimas perto de nós, até dentro das nossas famílias que choram a morte de parentes e amigos. Jamais poderíamos alegar que isso não nos toca. Entendemos claramente que, de repente, encontramos ao nosso redor famílias atingidas brutalmente. Agora temos de ser esta “Igreja pobre e samaritana”. Não é mais a hora de acumular bens, de administrar patrimônio e de esconder economias. A palavra famosa de “ir para São Paulo” inverteu-se. De São Paulo vem familiares em busca de um prato de comida na mesa da mamãe. Então, chegou a hora de nos desfazer de certos bens, acolher os atingidos e gastar as reservas.
Sabemos muito bem que os nordestinos pobres não só imploram o auxílio dos abastados de outras regiões. Eles, também, sabem dividir, enxergar aquele que passa mal e partir para socorrer aos necessitados.
O que nos resta, neste ano, que não permite a grande celebração, é este texto da placa amarela na entrada dos portões:
“Aqui queremos ensaiar a nossa
OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES
Para ser uma Igreja santa, pobre, samaritana,
voltada para o Evangelho de Jesus, Imploramos a querida Santa Isabel, que a Igreja declarou ser “a padroeira das obras da caridade”, a atrair- nos sempre pelo seu exemplo e ajudar-nos pela sua intercessão.
Fraternalmente Padre Geraldo Gereon