Alexandre Kalil em coletiva de imprensa – prefeito de BH — Foto: TV Globo / Reprodução
No último sábado (4), o prefeito de BH afirmou que as igrejas iriam permanecer sem missas e cultos, mesmo com a decisão do ministro Nunes Marques.
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou, na tarde deste domingo (4), que vai cumprir a determinação do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Nunes Marques, que autoriza a realização de cultos e missas em igrejas.
A informação foi dada pelas redes sociais do prefeito, após ele afirmar, no último sábado (3), que “cultos e missas” estavam proibidos, pois o que valia era “o decreto da prefeitura”. Kalil afirmou ainda que já entrou com um recurso para que a determinação seja revista.
Com a recusa do prefeito de BH de cumprir a determinação, Nunes intimou Kalil a liberar as celebrações e pediu explicações sobre “as providências tomadas, sob pena de responsabilização, inclusive no âmbito criminal, nos termos da lei”.
No sábado, a prefeitura notificou a a Igreja São Sebastião, que fica no Barro Preto, Região Centro-Sul da capital. Segundo o documento, a igreja não poderia realizar missas, sendo permitida sua abertura para atendimentos individuais, conforme orienta o decreto publicado no dia 6 de março.
Decisão de Nunes Marques
Em decisão individual tomada na véspera do feriado de Páscoa, Nunes Marques libera cultos e missas em todo o país.
Determina, também, que governadores e prefeitos não podem exigir o cumprimento de normas já editadas que barrem a realização de missas, cultos e reuniões de quaisquer credos e religiões.
Na decisão, o ministro também estabeleceu que será preciso respeitar medidas sanitárias como forma de tentar evitar a disseminação do novo coronavírus, entre as quais:
- Limitar a ocupação a 25% da capacidade do local;
- Manter espaço entre assentos com ocupação alternada entre fileiras de cadeiras ou bancos;
- Deixar o espaço arejado, com janelas e portas abertas sempre que possível;
- Exigir que as pessoas usem máscaras;
- Disponibilizar álcool em gel nas entradas dos templos;
- Aferir a temperatura de quem entra nos templos.
A liberação de cultos e missas no país, mediante medidas de prevenção, ocorre no momento mais crítico da pandemia. Neste domingo (4), Minas Gerais ultrapassou os 25.600 mortos pela Covid e registrou 120 novos óbitos em 24 horas.
Fonte: Por Dannyellen Paiva e Maria Lúcia Gontijo, G1 Minas — Belo Horizonte