Senador Flávio Bolsonaro — Foto: REUTERS/Adriano Machado
Em reação a fala de Flávio na abertura da CPI, considerada machista, as senadoras decidiram que haverá uma representante do grupo presente em todas as sessões da comissão.
Em mais uma trapalhada do governo, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) provocou a bancada feminina do Senado, que decidiu ir para a guerra na CPI da Covid. Como não há nenhuma senadora na comissão, Flávio Bolsonaro disse que as mulheres se mostravam “menos indignadas” e deu a entender que elas não quiseram participar das investigações. As declarações foram feitas na sessão de instalação da CPI.
O machismo fez a bancada feminina se unir ainda mais. Elas decidiram que em todas as sessões haverá pelo menos uma senadora. Elas vão fazer barulho:
“Na minha terra tem um ditado que diz ‘não cutuque onça com vara curta’. Já íamos participar da CPI diuturnamente, porque nada é mais importante para a bancada feminina que entender os erros que mataram centenas de milhares de brasileiros, e continuam matando. Agora, provocadas, estaremos de plantão 24 horas”, explicou a senadora Simone Tebet (PMDB-MS).
Senadora Simone Tebet — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Os trapalhões
Esse humilde blog pergunta: quem deve ganhar o troféu Trapalhões da CPI? Até o momento concorrem:
- General Ramos – Fez circular um documento que aumentava de 18 para 23 os pontos a serem investigados;
- Flávio Bolsonaro – Com seu machismo, chamou para a briga as 12 senadoras;
- Flávia Arruda – Esqueceu de apagar as digitais do governo nos requerimentos de informações apresentados pelos senadores governistas.
Fonte: Por Octavio Guedes
Comentarista de política da GloboNews e eterno repórter. Participa do Estúdio I, Em Ponto e Edição das 10h