Deputado federal Arthur Lira (PP-AL) durante visita a Teresina — Foto:
Reprodução/TV Clube
Congressista criticou o atual presidente da casa e defendeu que a votação aconteça de forma presencial.
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) visitou Teresina, nesta terça-feira (12), durante a campanha para a presidência da Câmara dos Deputados. Acompanhando do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, e de outros membros do partido, o congressista espera conseguir votos de outros deputados.
No Piauí, Lira criticou o atual presidente da câmara. “Ninguém suporta um quarto mandato do Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele já cumpriu o seu papel. O candidato preposto dele é Baleia Rossi, que tem que estar aqui dizendo o que vai fazer e o que não vai fazer”, disse.
“Aqui tem deputados do partido que faz parte o presidente da casa, aqui tem deputados do partido que fazem parte da suposta aliança do presidente da casa. Ele não é candidato. Tem gente que costuma dizer: câmara livre e independente. Quero ver a câmara livre do Rodrigo Maia”, declarou.
O formato da eleição ainda não foi definido pela mesa diretora da casa, mas o parlamentar defende que a votação seja feita de forma presencial. “Queremos que o regimento seja respeitado. A tradição seja mantida, a previsibilidade aconteça”, afirmou.
“Não há justificativa para no meio da pandemia 148 milhões de brasileiros terem ido às urnas de forma ordenada, e 500 deputados não poderem votar de forma presencial para se livrarem da pressão que determinados partidos, governadores ou líderes partidários possam fazer em cima do de maneira remota”, explicou.
Lira acredita que de outra forma não haverá sigilo do voto. “Um partido que tenha mais controle pode botar os seus deputados todos dentro de uma sala e dizer ‘vamo votar agora’, e o cara estar olhando o voto que o cara votou. Quem garante que o sistema de transmissão da internet não possa ser violado por hacker?”, questionou.
O deputado propõe a implantação de uma estrutura que garanta o distanciamento social. “Respeitar a idade de quem tem comorbidade, e espalhar as cabines, acertar horários de votação. Isso é o que deveria estar preocupado o presidente se agisse com imparcialidade”, disse.
Arthur Lira (PP-AL) acompanhado do senador Ciro Nogueira em Teresina — Foto: Reprodução/TV Clube
“Nosso partido, através do nosso presidente, fez uma consulta oficial. Ele não se pronunciou e a mesa convocou, à revelia da presidência, uma reunião para decidir sobre a clareza, a transparência e a previsibilidade das eleições, porque não é possível que a gente vá chegar no dia primeiro de fevereiro sem saber como é que a gente vai votar”, afirmou.
A votação está marcada para 2 de fevereiro. Nesta terça, Rodrigo Maia, comunicou que a mesa diretora adiou para segunda-feira (18) a definição sobre o formato da votação.
Contudo, o presidente da câmara adiantou que a eleição será presencial com a possibilidade de se adotar um modelo híbrido, em razão da pandemia. Neste formato, os parlamentares que pertencem a grupos de risco poderiam votar de forma remota, por aplicativo.
Fonte: Por G1 PI