Desembargador Sebastião Martins manda exonerar servidor alvo de operação da PF
(Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)
Ele é investigado por vazr informações sobre a operação Delivery.
O desembargador Sebastião Ribeiro Martins mandou exonerar nesta quarta-feira (15) o servidor do Tribunal de Justiça do Piauí, Yuri Alisson Cavalcante Ribeiro, que está sendo investigado pela Polícia Federal por tentar vazar informação sobre a operação Delivery.
Ele era assessor de Magistrado na Secretaria de Vara de 1ª Instância (CC/03), da estrutura administrativa da Vara Única da Comarca de Matia Olímpio, no interior do Piauí.
“Ao tomar conhecimento da operação “Acesso Negado II”, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje (16) e amplamente divulgada na imprensa local, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí determinou a imediata exoneração do servidor citado na operação. Trata-se de servidor que ocupava cargo em comissão na comarca de Matias Olímpio”, diz nota TJ.
A Corte afirmou ainda que está “à disposição das autoridades policiais, caso solicitado, para auxiliar nas investigações e reafirma seu posicionamento contrário a toda e qualquer prática ilegal”.
Leia o documento.
Entenda o caso
A Polícia Federal deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (16) a “Operação Acesso Negado II- Epifania” para cumprir três mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Matias Olímpio, expedidos pela Justiça Federal de Teresina. A operação apura tentativa de vazamento de informações acerca da Operação Delivery.
“O objetivo do cumprimento das medidas judiciais é colher elementos de prova que ratifiquem a tese de que advogados tiveram acesso a informações sigilosas referentes a Operação Delivery, dentre outros casos, após pagamento de vantagem indevida a servidor da Justiça Estadual do Piauí” diz nota da PF.
A investigação teve início após suspeita de que advogados e investigados da Operação Delivery teriam tentado acessar indevidamente informações sigilosas relacionadas aos fatos investigados.
“No curso dos trabalhos foram identificados indícios razoáveis de que servidor da Justiça Estadual do Piauí teria realizado acesso indevido a sistemas da Justiça Estadual do Piauí no intuito de informar a advogados acerca de expedição de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva decorrente de investigações policiais. Ainda, o inquérito policial aponta que o referido servidor recebeu vantagem indevida no intuito de satisfazer interesse do advogado investigado”, diz nota da PF.
Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelos crimes de corrupção ativa/passiva (arts. 317 e 333 do CP), violação do sigilo funcional (art. 325 do CP) e embaraço a investigação que envolve organização criminosa (art. 2º, §1º da lei 12.850/13) cujas penas somadas podem chegar a 22 anos de reclusão.
Fonte: Por Renayra Sá/Portal AZ