De “cabeça fria”, Neymar afirma que deveria ter ignorado insulto racista.

O camisa 10 disse que no futebol os insultos fazem parte das provocações, porém tudo tem limite.

Neymar pode levar sete jogos de suspensão por ter dado um tapa na cabeça do adversário (Jean Caruffe/Getty Images)

O atacante Neymar, do Paris Saint-Germain, voltou a se manifestar nesta segunda-feira (14/9) sobre o caso em que alega ter sido vítima de racismo durante jogo pelo Campeonato Francês. Em texto publicado nas redes sociais, o camisa 10 afirmou que agora, de “cabeça fria”, analisa que deveria ter ignorado as palavras do espanhol Álvaro González, do Olympique de Marselha, m“Deveria ter ignorado? Não sei ainda… Hoje com a cabeça fria respondo que sim. Mas oportunamente eu e meus companheiros pedimos ajuda aos árbitros e fomos ignorados. Esse é o ponto!”, escreveu o jogador. Neymar publicou a mesma mensagem também em inglês, além de ter colocado na sua página no Instagram diversos recados de apoio e também de repercussão sobre o incidente.

(Michael Regan /UEFA Via Getty Images)

Durante a discussão com o espanhol, Neymar acabou expulso. “Achei que poderia sair sem fazer nada porque percebi que os responsáveis não fariam nada. Não percebiam ou ignoravam. Durante o jogo queria dar a resposta como sempre, jogando futebol. Os fatos mostram que não consegui. Me revoltei”, escreveu o jogador, que conta ter refletido bastante sobre o episódio.

Neymar pode pegar sete jogos de suspensão por ter dado um tapa na cabeça do adversário

O camisa 10 afirmou que no futebol os insultos fazem parte das provocações, porém tudo tem limite. “No nosso esporte, as agressões, insultos, palavrões são do jogo, da disputa. Não dá para ser carinhoso. Entendo esse cara (Álvaro González) em parte faz parte do jogo. Mas o preconceito e a intolerância são inaceitáveis”, comentou Neymar.

Neymar pode pegar sete jogos de suspensão por ter dado um tapa na cabeça do adversário (Michael Regan-UEFA via Getty Images)

No recado, o brasileiro cobrou mais participação da arbitragem para coibir casos de racismo. “Eu sou negro, filho de negro, neto e bisneto de negro. Tenho orgulho e não me vejo diferente de ninguém. Ontem (domingo) eu queria que os responsáveis pelo jogo (árbitro, auxiliares) se posicionassem de modo imparcial e entendessem que não cabe tal atitude preconceituosa”, afirmou.

Ele acusou um jogador de chamá-lo “macaco filho da puta” Aurelien Meunier-PSG/PSG VIA GETTY IMAGES

Fonte: Estadão Conteúdo/Publicado por Metrópoles

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