Chelsea segura pressão do Manchester City de Guardiola e é bi da Champions

Azpilicueta ergue o troféu da Liga dos Campeões conquistado pelo Chelsea (Foto: REUTERS/Michael Steele)

Em grande jogo tático do time de Thomas Tuchel no Estádio do Dragão, Havertz faz gol decisivo, e equipe londrina prova na segunda etapa que tem uma das melhores defesas do mundo

Resumão

Ganhou quem criou mais, quem se defendeu melhor e quem foi superior taticamente. Não, não é o time de Pep Guardiola. É o Chelsea de Thomas Tuchel, que está na equipe apenas há quatro meses. Com gol do alemão Havertz, a equipe londrina venceu o Manchester City por 1 a 0, no Estádio do Dragão, neste sábado, e conquistou a sua segunda taça da Liga dos Campeões. Em sua primeira decisão, os Cityzens amargam o vice na despedida de Agüero.

CHELSEA É BI!

Em sua terceira final, o Chelsea leva a sua segunda taça da Liga dos Campeões. O Manchester City estava em sua primeira decisão e ficou com o vice. O time londrino agora empata com o Nottingham Forest, na terceira posição entre os ingleses mais vencedores. Liverpool (6) e Manchester United (3) estão na frente. O maior vencedor você sabe quem é: o Real Madrid, com 13 taças.

Jogadores do Chelsea comemoram título da Liga dos Campeões em cima do Manchester City (Foto: Manu Fernandez/Reuters)

PRECISÃO DE CAMPEÃO

No encontro de duas das melhores defesas do mundo, o Chelsea foi mais completo. Guardiola optou por deixar Rodri e Fernandinho no banco e escalar Sterling. Mas quase não ameaçou o gol de Mendy. Os Blues de Londres fizeram um grande primeiro tempo no ataque e deram aula defensiva na segunda etapa. Com transição rápida, Werner assustou em duas boas chegadas na frente, uma delas defendida por Ederson.

Havertz deixa Ederson para trás para fazer o gol do Chelsea contra o Manchester City (Foto: José Coelho/Reuters)

Mas o gol sairia aos 42. Mendy lançou Chilwell na esquerda, o lateral desviou para Mount, que deu um passe magistral, em velocidade, para Havertz. O alemão saiu cara a cara com Ederson, se livrou do brasileiro e mandou para o gol: 1 a 0. Na volta do intervalo, o City sofreu um baque. De Bruyne precisou ser substituído após choque com Rüdiger.

Mendy protege, e Sterling não consegue finalizar durante Manchester City x Chelsea: goleiro senegalês praticamente não foi ameaçado (Foto: Pierre-Philippe Marcou/Reuters)

A equipe de Guardiola fechou a segunda etapa com quase 68% de posse de bola, mas sem efetividade. Foram 11 cruzamentos na área e apenas quatro finalizações no segundo tempo, sem sucesso. Sem acertar o gol de Mendy. A melhor chance nos 45 minutos finais foi do campeão. Aos 27, Havertz acionou Pulisic em velocidade pela direita, mas o norte-americano finalizou para fora. Agüero e Gabriel Jesus ainda entraram em campo, mas não conseguiram penetrar na área do Chelsea. Nem com sete minutos de acréscimos. A Orelhuda foi para Londres.

HÁ QUATRO ANOS ELE FAZIA PROVA NA ESCOLA…

Em 2017, há quatro anos, Kai Havertz foi desfalque do Bayer Leverkusen na Liga dos Campeões porque… tinha uma prova importante na escola! Em 2021, ele é o herói do bicampeonato do Chelsea na Champions. O jovem alemão, de 21 anos, é a contratação mais cara da história do time londrino. Chegou para esta temporada por 80 milhões de euros e marcou apenas um gol na Liga dos Campeões: o da decisão.

Havertz comemora o gol do título do Chelsea contra o Manchester City (Foto: José Coelho/Reuters)

FINAL FELIZ PARA O MONSTRO

Thiago Silva fez sua segunda final seguida de Champions e passou por um drama no Estádio do Dragão. Aos 38 minutos do primeiro tempo, ele saiu de campo com dores na virilha. Pode ser problema para a seleção brasileira. Mas terminou a partida com o título que faltava para a sua vitoriosa carreira. Aos 36 anos, ele conquista sua primeira Liga dos Campeões, o 30º título como profissional, e a torcida inglesa quer que renove contrato de um ano e fique. Ele é o 54º brasileiro a levantar a taça da Champions na história.

Thiago Silva exibe a medalha de campeão, em sua primeira conquista de Liga dos Campeões no Chelsea (Foto: Alex Caparros/UEFA via Getty Images)

DEFESA QUE NINGUÉM PASSA

A atuação defensiva do Chelsea foi essencial na decisão. Em 30 jogos sob o comando de Thomas Tuchel, o time tomou apenas 16 gols. Em 19 partidas, os Blues não tomaram gols sob o comando do alemão. Na Champions, o Chelsea não foi vazado em cinco das sete partidas desde que o treinador chegou. Contra o Manchester City, o clube londrino trabalhou intensamente para evitar as finalizações do rival e praticamente não deu espaços. Guardiola viu sua equipe sair sem criar chances de perigo.

Rüdiger trava finalização de Foden na hora certa durante Manchester City x Chelsea (Foto: Manu Fernandez/Reuters)

O DRAMA DE DE BRUYNE

Craque do Manchester City, De Bruyne não teve uma tarde feliz. Ele tocou apenas 37 vezes na bola, não finalizou e deu apenas um passe decisivo na partida (que termina em finalização). A primeira final de Champions do belga ainda terminou com um susto. No começo da segunda etapa, ele se chocou com Rüdiger e ficou com o olho esquerdo roxo. Precisou ser substituído e saiu de campo chorando.

Médico examina o rosto de De Bruyne machucado depois de choque de cabeça com Rudiger na final da Liga dos Campeões entre Manchester City e Chelsea (Foto: REUTERS/Michael Steele)

O PRIMEIRO VICE

Depois de parar nas oitavas de final uma vez, e três vezes nas quartas, Pep Guardiola chegou à sua primeira final de Liga dos Campeões com o Manchester City confiante. Mas amargou o seu primeiro vice na competição. Bi com o Barcelona, o treinador espanhol tinha a chance de levar o terceiro título e igualar os recordes de Bob Paisley, Carlo Ancelotti e Zinedine Zidane, únicos técnicos três vezes campeões do torneio. Mas não deu.  

Pep Guardiola amarga o seu primeiro vice-campeonato na Liga dos Campeões na derrota do Manchester City para o Chelsea (Foto: Jose Coelho/Reuters)

Fonte: Lance a lance

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