Bolsonaro participa de passeio de moto com apoiadores no RS

Presidente chegou sem máscara e gerou aglomeração com os apoiadores. Ato, que começou em Porto Alegre, passou por cidades da Região Metropolitana. Presidente voltou para Brasília por volta das 16h.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou a Porto Alegre na manhã deste sábado (10). Ele veio de helicóptero de Bento Gonçalves, na serra gaúcha, e pousou na Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), na Zona Norte de Porto Alegre.

Grupo retorna a Porto Alegre pela Avenida Castelo Branco. — Foto: Reprodução/RBS TV

Assim que chegou à Capital, por volta das 9h30, Bolsonaro se reuniu com apoiadores e seguiu para um passeio de moto por cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre. Sem usar máscara, ele cumprimentou pessoas e gerou aglomeração. O ato durou cerca de 2h.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni (DEM), acompanhou parte do passeio na garupa da moto em que Bolsonaro conduzia. Ao retornar a Porto Alegre, o presidente parou na Avenida Padre Cacique, falou com os apoiadores e o senador Luis Carlos Heinze (PP) trocou de lugar com Onyx. Os três não usavam máscara de proteção à Covid-19.

Os apoiadores chegaram ao local perto das 7h para a concentração. A Fiergs afirmou, em publicação nas redes sociais, que o local foi solicitado por “regras de segurança da Presidência da República, pois a área que pertence à entidade constitui ambiente monitorado para os participantes da iniciativa”.

O deputado estadual Ten. Cel. Zucco (PSL) e o deputado federal Bibo Nunes (PSL) também participaram do passeio de moto.

O itinerário causou alterações no trânsito e nas linhas de transporte público da Capital. A Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC) montou um esquema especial para garantir a segurança. A Polícia Rodoviária Federal também preparou um esquema, alertando para interferências no trânsito.

Quando o passeio de moto acabou, o presidente discursou por 10 minutos aos apoiadores que aguardavam na Fiergs.

Depois, Bolsonaro seguiu de helicóptero para um almoço com empresários às 13h, na Zona Sul de Porto Alegre.

Ele deixou a capital gaúcha por volta das 16h, em voo para Brasília.

Mulher é detida

Uma mulher foi detida enquanto fazia um protesto contra o presidente em Porto Alegre. Segundo a Brigada Militar, diversas pessoas participavam de uma manifestação num posto de combustíveis na esquina das avenidas João Pessoa e Venâncio Aires.

Segundo os policiais, a mulher não respeitou a orientação da BM, tentou chutar uma moto que passava, foi contida por PMs e os desacatou. Ela foi algemada e retirada do local, segundo a BM, por questões de segurança. Foi levada para a delegacia de plantão, assinou um termo circunstanciado por desobediência e foi liberada.

De acordo com o advogado da mulher, ela confirmou que se exaltou, mas que “estava em seu direito de se manifestar” e que “em nenhum momento teve a intenção de fazer algo ou de agredir alguém”.

Primeira visita neste ano

É a primeira vez no ano que Bolsonaro visita o Rio Grande do Sul. Ele chega ao estado em meio a crises no governo provocadas pela CPI da Covid e à queda de popularidade nas pesquisas. Levantamento do Datafolha divulgado na quinta-feira (8) mostrou que a rejeição a Bolsonaro chegou a 51%, o recorde desde o início do mandado, em janeiro de 2019.

Na sexta-feira (9) ele cumpriu compromissos na serra gaúcha, onde participou da abertura da 1ª Feira Brasileira do Grafeno, na Universidade de Caxias do Sul (UCS).

Ataque à CPI

Antes de embarcar rumo a Porto Alegre, ainda em Bento Gonçalves, Bolsonaro fez críticas à CPI da Covid durante entrevista à Rádio Gaúcha, e afirmou que não vai responder à carta protocolada no Palácio do Planalto pelos senadores. O documento pede que ele informe se fez referência ao líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), em conversa sobre compra suspeita de vacinas pelo governo.

“Não vou responder, não tenho obrigação de responder. Ainda mais carta pra bandido, três bandidos. Eu vou responder pra ladrões, bandidos? Não vou responder”, afirma Bolsonaro.

O presidente se refere aos políticos Renan Calheiros (MDB), Omar Aziz (PSD) e Randolfe Rodrigues (Rede).

Fonte: Por G1 RS e RBS TV

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