Foto: Reprodução
Foram 0,69 mg/l de álcool no sangue — mais que o dobro do limite que caracteriza crime de trânsito
05/10/2025 11:37 – Atualizado às 13:01
O capitão da confusão
O capitão da Polícia Militar do Piauí, Francisco Alves Costa, foi levado à Central de Flagrantes de Teresina na manhã de sábado (04) após provocar um acidente gravíssimo na Avenida Mirtes Melão, zona Sudeste da capital. Três pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave. O teste do bafômetro confirmou a embriaguez: 0,69 mg/l de álcool no sangue — mais que o dobro do limite que caracteriza crime de trânsito.
Olha o capitão Alves tentando se segurar nos 30 do bafômetro
A fiança
Horas depois, o militar foi solto mediante o pagamento de fiança de R$ 2 mil. O valor, irrisório diante da gravidade do episódio, soa quase como uma anedota: menos do que custa consertar o retrovisor do carro que ele dirigia na contramão.
A contramão
Durante o interrogatório, o capitão preferiu o silêncio. Disse apenas que tentou pedir socorro às vítimas, mas que o celular estava descarregado — argumento que, diante dos relatos de testemunhas, soa frágil. Populares afirmam que ele tentou fugir logo após a colisão.
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Francisco Alves Costa, foi levado à Central de Flagrantes de Teresina
No sal
O Comando da PM-PI divulgou nota breve e burocrática: “Crime comum. Procedimento na Justiça comum. Apuração a cargo da polícia judiciária estadual. Abertura de procedimento pela Corregedoria para averiguação da conduta do oficial.” Tradução: ele vai pro sal sozinho.
A briosa PM e os sujos
A cena é repetida, pois muda o nome, muda o posto, mas a farda — sempre ela — pesa na balança da Justiça.
Enquanto isso, duas pessoas estão entre a vida e a morte. E o Estado, que devia dar exemplo, continua dirigindo na contramão da responsabilidade.
Governo atento
Ninguém em sã consciência e, com toda honestidade, deve tirar proveito político do acidente envolvendo o capitão Alves, da PM, lotado no Gabinete Militar do Governo, tentando fazer ilação disso com o governador ou seus superiores.
Porque, infelizmente, trata-se de um acidente, aparentemente por excesso de embriaguez do citado militar e, lamentavelmente, com vítimas.
A coluna tem conhecimento de que Rafael Fonteles não tolera esse tipo de conduta, já determinou o acompanhamento do caso do capitão e que sejam prestadas assistências às vítimas.
Acredita-se que esse capitão, com tal comportamento, dificilmente retornará ao posto.
Policial arbitrário ataca jornalista
O governador também não tolera atitudes como se viu no vídeo em que um policial militar tentava agredir o repórter Efrém Ribeiro, que se encontrava nas cercanias da Central de Flagrantes cobrindo a chegada do capitão que foi conduzido preso.
Autoritários, esses militares agridem a liberdade de imprensa.
Fonte: Portal AZ